Em SC, mais de 70% das cidades têm bom desempenho. Itapoá obteve o 4º melhor resultado do Estado e o 41º do País.
Realidades distintas em Santa Catarina e no resto do País. É isso que mostra estudo de Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) criado para avaliar a eficiência das prefeituras na gestão do dinheiro dos contribuintes.
Enquanto 63,5% dos municípios brasileiros estão em situação difícil ou crítica, os catarinenses avaliados como excelentes ou bons chegam a 70,5%. A avaliação leva em conta cinco indicadores: a arrecadação de recursos próprios, a capacidade de investir, o peso dos gastos de pessoal, a eficiência na administração do dinheiro e o custo da dívida de longo prazo. O resultado final é o Índice Firjan de Gestão Fiscal (IFGF), uma nota que vai de zero a um para cada um dos municípios avaliados.
Segundo a entidade, é a mistura de despesas elevadas com funcionalismo, receita própria reduzida e investimentos escassos ou até inexistentes que leva duas em cada três cidades do País a viver situação financeira difícil ou crítica.
A dependência de transferências de recursos dos governos federal e estadual é crônica, registra a entidade. Apenas 83 cidades em todo o Brasil têm recursos próprios para cobrir gastos com pessoal. “A maioria vive no fio da navalha, com altos gastos e receitas incertas. A dependência de repasses deixa os municípios sujeitos a crises recorrentes”, analisa Guilherme Mercês, gerente de estudos econômicos da federação carioca.
O levantamento mostra que 93 das cem cidades com pior desempenho nas finanças estão no Norte e no Nordeste. Na ponta de cima, Sul e Sudeste abrigam 81 das cem cidades com melhor desempenho.
É nesse quadro que está a maior parte das catarinenses. Foram 205 municípios do Estado avaliados com gestão fiscal excelente ou boa – a segunda maior proporção entre os Estados. Dos 500 municípios mais bem avaliados, 69 são de Santa Catarina, superada apenas pelo Rio Grande do Sul.
O que levou para o alto os municípios catarinenses foi o baixo comprometimento com pagamento de salários, a eficiente administração de recursos e o grau de investimentos.
A capacidade de gerar recursos próprios, independentemente do repasse de verbas federais ou estaduais, colocou Balneário Camboriú na liderança de gestão em Santa Catarina e em 11º no ranking brasileiro. Itapoá ficou com a 4ª posição do estado e 41ª do País. O município com a pior classificação em SC é Palmeira, na região serrana, que recebeu nota zero no quesito liquidez – que avalia se a administração deixa pagamento de despesas para o ano seguinte sem deixar recursos para cobri-los.
Entre as cinco maiores cidades do Estado, o melhor resultado foi o de Criciúma, com a 9ª posição no ranking estadual e a 72ª no brasileiro. Florianópolis ficou em 69º entre os catarinenses e 192º no geral. Joinville ficou em 1.673º no Pais e em 192º no Estado.
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