Além de vários trechos interrompidos, pedras, buracos e muito pó se misturam à paisagem rural até o porto. Poucos quilômetros estão prontos, aguardando o asfalto definitivo. De acordo com o Deinfra, apenas 25% dos cerca de 28 quilômetros da rodovia estão nesta etapa.
Com a demora na conclusão da SC-415, o Porto Itapoá não quer ver seu investimento de R$ 475 milhões ficar parado, tanto que admite o estudo de outras alternativas para acesso dos caminhões. “As operações começam em 27 de maio, mesmo que seja de transbordo entre navios nesse começo. Até estamos buscando alternativas de acessos, mas nada de concreto até o momento”, adianta o diretor comercial do porto, Patrício Júnior.
De acordo com o prefeito de Itapoá, Ervino Sperandio, a possibilidade mais provável seria o porto arcar com a pavimentação de cerca de oito quilômetros do atual acesso dos caminhões que levam material para a construção do terminal. Dessa forma, os contêineres chegariam ao porto utilizando a SC-412, PR-412 e parte da área urbana de Itapoá, pela Avenida Celso Ramos e Estrada Cornelsen, até a região da Serrinha. “Tentaremos colaborar para não deixar o porto parado, mas tem que haver a contrapartida do terminal. Só aceitaremos a utilização desse acesso caso todo o trecho seja pavimentado, para não deixarmos a população comendo poeira por mais tempo”, destaca Sperandio.
Com capacidade inicial para movimentar 350 mil contêineres ao ano, o Porto Itapoá poderá movimentar até 950 mil em sua quarta fase. A previsão de faturamento é de R$ 250 milhões anuais, triplicando o PIB (Produto Interno Bruto) de Itapoá, que em 2008 foi de R$ 123 milhões.
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